Meu filho nasceu, e agora? O que eu faço com o que estou sentindo?
- Patricia Kiremitdjian
- 28 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de out. de 2024

Algumas mães planejam a gestação, outras tomam um susto ao se descobrirem grávidas.
Algumas sempre desejaram a maternidade, outras nem tanto, outras nunca pensaram em serem mães.
Independente do que vem antes, o que vem depois é sempre inesperado, apesar de imaginado, projetado ou planejado.
Após o parto, uma inundação de hormônios toma conta da mulher deixando-a mais sensível e mais voltada ao bebê.
Mas nem sempre é assim. Por vezes existe o sentimento contraditório de rejeição ao bebê, e junto com ele vem a culpa.
Por vezes o sonho tão almejado vira um grande pesadelo. Noites em claro, um bebê chorando, o medo de errar.
Junto de tudo isso vem uma saudade do que era antes e nunca mais será.
O medo de que rumo a sua vida vai tomar. Em quem você se tornará daqui por diante.
Algumas mulheres, ou muitas delas, enfrentam tudo isso sem rede de apoio ou com uma rede também desorientada e que mais palpita do que ajuda.

É! Não é fácil esse primeiro momento. A auto cobrança junto com a cobrança da sociedade fica pesada demais.
A mulher precisa estar bem para cuidar do bebê. Mas quem cuida dela?
Um período conturbado pode acontecer com choro, sensação de arrependimento, irritabilidade intensa.
Ele se chama baby blues e dura aproximadamente 20 dias.
Quando os sintomas são mais intensos como tristeza profunda ou rejeição do bebê ou quando esse período perdura por mais tempo podemos pensar em um quadro de depressão, chamado de depressão pós-parto.
Neste momento confuso, seja no baby blues, na depressão pós-parto ou em um puerpério difícil, o apoio da psicoterapia faz toda a diferença para organizar os pensamentos, aceitar os sentimentos, conseguir mais equilíbrio interno para lidar com todas as demandas externas e sobreviver ao furacão que é a maternidade.
Se for este o seu momento, não hesite em procurar ajuda.


