Síndrome do Pânico. Como tratar?
- Patricia Kiremitdjian
- 4 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de out. de 2024

Transtorno que acomete muitos indivíduos. Se inicia com uma crise de ansiedade grave.
Alguns dos sintomas desta crise são:
Palpitações cardíacas
Sudorese excessiva
Tremores pelo corpo
Sensação de sufocamento ou falta de ar
Sensação de irrealidade (O indivíduo sente como se estivesse fora de si. É uma sensação de que aquilo é real, mas ao mesmo tempo não é)
A crise, em geral, não tem relação direta com alguma situação presente ou local, mas por vezes o indivíduo o associa e assim, vai evitando o local onde se desencadeou a crise ou até mesmo a situação em que estava no momento da crise.
Por exemplo, se ele teve a crise em um posto de gasolina, ele pode passar a evitar postos de gasolina.
Se ele teve a crise conversando com a vizinha, ele pode passa a não falar mais com a vizinha.

Algumas outras crises podem acontecer posteriormente e, assim, a pessoa vai evitando cada vez mais lugares, situações e pessoas e procurando estar somente onde se sente segura.
Porém, como as crises estão ligadas a eventos internos, elas podem passar a acontecer também no local de segurança do indivíduo e aí, ele vai ficando “sem saída”.
O que fazer então?
Neste tratamento psicoterápico nós não atuamos nos sintomas, já que entendemos que o transtorno é o sintoma. Nós atuamos na causa.
O transtorno vem para nos contar o que de fato acontece no mundo interno do indivíduo.
Algumas das causas são:
Traumas Algum evento de forte impacto emocional que tenha ocorrido e tenha ficado inacessível (escondido) na mente inconsciente. Ele pode voltar em forma de transtorno para tentar revelar o trauma.
Controle excessivo
Pessoas que tem necessidade de controle excessivo para se sentirem seguras. Neste caso, o transtorno vem como uma mensagem de desconstrução, para que a pessoa possa realmente lidar com o “incontrolável” e aprender com isso.
Dificuldade em perceber e lidar com os sentimentos
Quando não olhamos de fato para o nosso interior, ele vem nos avisar que precisa ser visto. Aprender a reconhecer e a lidar com os próprios sentimentos é ponto fundamental no tratamento.
Outras causas podem existir e todas elas precisam ser investigadas em acompanhamento psicoterapêutico.

No caso deste transtorno específico, principalmente se as crises forem constantes, é importante sim aliar ao tratamento medicamentoso.
Porém, ao se iniciar o tratamento psicoterápico e, conforme o indivíduo se conhece melhor e passa a lidar melhor com as próprias sensações e sentimentos é importante que ocorra o desmame do tratamento medicamentoso, claro, em acompanhamento com o médico psiquiatra, para que a pessoa volte a ter controle sobre o seu corpo e desenvolva autonomia mental para lidar diretamente com as crises e, com o tempo, cessá-las por conta própria.
Tudo o que o medicamento faz por você, sua mente também poderá fazer. Acredite.
Em contrapartida, se o tratamento da síndrome é feito somente pela via medicamentosa, ele pode até cessar, mas o inconsciente do indivíduo trará outro transtorno/doença como sintoma para avisá-lo de que a causa não foi tratada.
Se você sente alguns dos sintomas descritos acima e quer tratar a raiz do problema, não hesite em procurar ajuda. Em ambiente acolhedor e seguro, você poderá entregar as suas angústias, olhar para elas com muito amor e respeito e dar lugar adequado a cada uma delas para que não reverta em novos avisos.
Vamos juntos?


